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Tudo começou com tiros.
Sons de espingardas que pareciam não acabar.
No meio desses sons, ouvem-se máquinas a trabalhar.
Os tornos movem-se mais rápido que os tiros. A produção não pode parar.

1915: o ano em que tudo começou.

O ruído enche o ar. E o trabalho pesado enche as mãos, e a mente que vai vagueando.
A luz que entra pelas janelas não chega para iluminar as caras cansadas.
A maquinaria e a fundição fazem suar.
O trabalho é de alta precisão, e uma distração implica recomeçar.

À medida que o tempo passa, as caras vão-se tornando familiares, e a área de foco muda.
A Guerra acaba, mas o povo não descansa.
De materiais pesados à água. A precisão mantém-se.
Nova área de negócio, a mesma família.

    Com a evolução de Portugal, a Janz viu-se obrigada a inovar. Além dos sócios anteriores, Bruno Janz optou por começar sozinho na fabricação de contadores, criando um negócio que há muito demorava. "Quando o nosso 1º contador foi criado, o avô não pode desfrutar, uma vez que morreu muito cedo" garante João Janz, neto do fundador. "O pai, que era engenheiro, foi proposto para o cargo, e depois de pensar lá aceitou, começando assim a 2ª geração desta empresa".

   "Visionário" como é descrito pelo filho, João António Janz avançou na liderança da empresa, comandando a produção de contadores de água e eletricidade. Anos mais tarde, de forma a competir com os preços dos adversários, João Janz, pai, decidiu investir ainda mais na empresa de forma a serem auto-sustentáveis e fabricarem as suas próprias peças, reduzindo assim o preço de fabricação, e ultrapassando os oponentes.

   Em 2006, a 2ª geração chega ao fim, com a morte do Engenheiro João António Janz, que há muito já tinha passado o trabalho para as mãos dos filhos, mesmo continuando diversos projetos. A inovação começou a surgir antes da morte do Engenheiro Janz, mas foram os seus filhos (3ª geração) que lhe deram continuidade. O mesmo testemunho afirma que nos dias que correm, o meio ambiente é uma preocupação a ter em conta, daí terem sido os primeiros a criar uma tampa em plástico reciclável para os contadores, de forma a eliminar as tampas metálicas e de vidro, e juntamente a fundição.

   Não satisfeitos apenas com os contadores, a empresa decidiu arriscar, utilizar os materiais disponíveis e avançar para outras áreas de negócio. A Aeronáutica, Óptica, Dentária e a Veterinária acusam a precisão que a Janz tem desde 1915, sendo produzidas peças para estas áreas.

   Quando ainda não se falava em Responsabilidade Social, já as empresas Janz forneciam refeições gratuitas aos seus colaboradores. Também na área de saúde foram dos primeiros a organizar a medicina do trabalho e a segurança e higiene no trabalho. Celebraram parcerias com a ARS, de forma a serem um posto avançado de saúde, fornecendo consulta aos seus trabalhadores na área de saúde geral.

   A empresa sempre se preocupou em desenvolver a área social, tendo fundado a AEJ em 1982, uma instituição criada com o intuito de despreocupar os trabalhadores com a educação dos seus filhos.

A administração fomenta a organização de grupos de trabalhadores, tais como grupos desportivos e recreativos e grupos dadores de sangue, disponibilizando meios, espaços e apoiando as atividades organizadas pelos mesmos. Promove ainda encontros anuais de colaboradores, tanto no ativo como já reformados, mantendo laços e partilhando experiências, convidando também as suas famílias.

   No momento atual, a 4ª geração Janz já comanda os destinos dos negócios de família, empregando cerca de 450 trabalhadores.

    O Grupo Janz é muito mais que uma família de administradores. É uma família de trabalhadores que se foi expandido ao longo dos anos. Pais e filhos chegaram a produzir lado a lado, ao mesmo tempo que a administração fazia a passagem de testemunho.

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